“Na presença do tempo existe a dualidade, existe nascimento e morte”
O parto está presente no tempo, é um marco, é o próprio presente gritando através do seu corpo.
É impossível estar em outro lugar! Por mais que você queira…
E então, de repente, o seu presente é tudo, a vida e a morte, a dor e o deleite, a força e a fraqueza, o medo e a coragem, tudo por inteiro.
O quão assustador será isso?
O quão instigante, potencializador e gratificante será isso?
Um dos desafios da maternidade é estar presente no tempo e viver um dia de cada vez.
É saber que, por mais difícil que seja, vai passar e amanhã será outro dia.
Outro presente.
Mas nós não estamos acostumados a isso, ao presente.
Ele nos traz a dualidade, nos traz o espelho, o reflexo.
Mas nós preferimos coisas certas e determinadas.
Nós preferimos só a “parte boa” de tudo.
Nos sentimos mais confortáveis retornando ao passado ou imaginando o futuro.
Mas quando você se torna mãe não existe mais passado, você não sabe mais quem é e muito menos quem será. O futuro está no instante imediatamente depois do agora.
O parto é apenas um intensivo, um mergulho profundo no eu e no agora.
O parto pode ser uma ferramenta para te ajudar nos dias que virão.
Dias de muito agora!
Que sejamos capazes de sentirmos conforto na incerteza.